sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mais críticas de HP7 Parte 2.

Variety
Por Justin Chang

Levou 10 anos e aproximadamente 20 horas de tempo de tela para a saga eminente de fantasia de J.K. Rowling alcançar sua conclusão cinemática. Ainda que o encantamento final tenha sido falado e que a cortina desça sobre a franquia de maior bilheteria da história do cinema, mais do que alguns espectadores devem estar se perguntando: Porque a pressa? Com o menor lançamento da série com 131 minutos, “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2” surge a frente com uma tremenda urgência, excelente espetáculo e poderoso, até mesmo com uma emoção esmagadora, só falha com uma despedida apressada que parece afivelada sob o peso das expectativas da audiência. Lágrimas serão derramadas enquanto os fãs dão adeus a Hogwarts, mas a sensação depois de uma grande emoção permanece fora de alcance.

Uma memorável cena no banco bruxo Gringotes, com jóias sem preço se multiplicando infinitamente em um abrigo subterrâneo, representa uma metáfora adequada para o “toque de Midas” [na mitologia, Midas transforma tudo o que toca em ouro] que Harry Potter tem demonstrado na bilheteria (6 bilhões de dólares recolhidos mundialmente e contando), e vai continuar a mostrar em auxiliares nos próximos anos. O novo filme deve somente se beneficiar de sua posição como grande franquia, quando até mesmo fãs casuais vão se sentar em fila como testemunhas da passagem desse marco da cultura-pop. Com o fator de sobrecarga em ingressos de 3D e mais-do-que-normais biz [de repetições], e a estréia de 15 de julho pode muito bem superar os 974 milhões de dólares arrecadados por “Harry Potter e a Pedra Filosofal” de 2001, o primeiro título da série e ainda sim mais lucrativo.

Grandes antecipações entristeceram a “Parte 2” com pressões que nenhum filme teria que carregar, e deveria ser vista e avaliada corretamente como a segunda metade de um único longo filme (o filme completo e duplo está sendo exibido em cinemas selecionados). Ainda assim, como o diretor David Yates e o roteirista Steve Kloves construíram seu final de duas partes para valer a pena completamente aqui, é muito justo esperar que esse oitavo capítulo se erga sobre si mesmo, o que faz até certo ponto. De fato, com seu ritmo acelerado, fluxo incessante de incidentes e fim de jogo de guerra-bruxa, a “Parte 2” vai atingir muitos expectadores como uma imagem muito mais excitante e envolvente do que a mais lenta, e mais atmosférica “Parte 1”.

Aqui, a dinâmica de caráter expositivo e de recuperar o tempo perdido é deixada de lado em favor de uma ação decisiva, quando Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) caçam e destroem as mágicas Horcruxes que mantêm Lorde Voldemort (Ralph Fiennes) preso a esse mundo. Todos os caminhos seguem de volta a Hogwarts, não mais uma escola caprichosa, mas uma sinistra fortaleza para os Comensais da Morte e Dementadores.

Enquanto preparações são feitas para um confronto épico entre bem e mal, Yates alcança uma emocionante sensação de convergência de inumeráveis linhas dramáticas, temáticas, românticas, emocionais e musicais dos últimos sete filmes sendo envolvidas juntas até o fim: Velhos e novos amigos são bem encontrados, vinganças são distribuídas, e veteranos pouco-vistos tem um momento garantido sob os holofotes. Neville Longbottom (Matthew Lewis) emerge como um dos verdadeiros heróis de Hogwarts, e pela primeira vez em décadas, os Professores McGonagall (Maggie Smith), Flitwick (Warwick Davis) e Slughorn (Jim Broadbent) são permitidos a fazer proezas substanciais com magia.

Melhor de todos, o trapaceiro Severo Snape (Alan Rickman) revela suas verdadeiras cores no final, em uma montagem reveladora e comovente que chama mais emoção dessa figura extremamente arrogante em cinco minutos do que ele mostrou em sete filmes. E o filme faz completa justiça à passagem mais profundamente tocante nos romances de Rowling, quando Harry vai lidar com a inevitabilidade da morte, suportar consolos de amizade e valentia, e o mistério do que se encontra no mundo além.

Do início ao fim, Yates e Kloves tomam as mais extraordinárias e astutas liberdades com o consagrado texto de Rowling, principalmente durante o longo e devastador cerco em Hogwarts - uma estendida passagem que sempre fica melhor no filme que no livro. Yates e sua equipe de design e bruxos dos efeitos visuais tiram estratégica vantagem dos terrenos do castelo (desenhado com maestria por Stuart Craig) para dar uma visão e sequências fantasticamente inventivas. Diferente do livro, Voldemort se sente fraco em cada vez que uma Horcrux é destruída, permitindo o digitalmente desfigurado Fiennes introduzir, muito maravilhosamente, uma sombra de vulnerabilidade em sua impecável representação do mal.

Mas tudo que é bom tem um fim, e aqui isso se aplica não só para a série como um todo, mas também à muito real e sombria magia que a "Parte 2" consegue tecer em seus primeiros 90 minutos. De todas as formas de dramatizar o encarar final inevitável, os produtores e diretor escolheram uma que, embora mais cinemática que a versão do livro, parece ser indevidamente apressada, viola algumas regras fundamentais do universo de Rowling, e dá à cobra de estimação do Lorde das Trevas um papel excessivamente notável. Mais pertinente, o clímax dá uma sensação emocionalmente silenciada e livre, e sua fraca realização seria perdoada somente se a serie inteira não tivesse sido construída para esse momento.

Enquanto a economia de Yates é admirável, esse é um filme que tem todo direito de ter seu tempo e permitir a seus expectadores a cortesia de uma despedida mais cerimoniosa e demorada. Fãs de longa-data da franquia de fantasia devem se encontrar em ânsia pelos vários finais de “Senhor do Anéis” de Peter Jackson, que teve a sabedoria de dar ao público demais ao invés de não suficiente. A significância do Relíquias da Morte titular também recebe uma resposta sem maiores explicações, quando o emaranhado da história de fundo do Professor Dumbledore (Michael Gambon) e seu irmão (um formidável Ciaran Hinds) é mostrada, mas deixada desapontavelmente inexplorada.

Ficar criticando o que foi deixado de fora tem sido, é claro, sempre parte da diversão e da frustração de abordar essa franquia viciante. Colocado na inviável posição de ter que agradar a todos, o produtor David Heyman e a Warner Bros. têm que ser parabenizados por terem pego as essências do filme exatamente da forma correta, fazendo um oitavo filme um ciclo de integridade e continuidade inesquecíveis. Permitindo infusões de novos talentos dos diretores como Alfonso Cuaron e Mike Newell, enquanto honrando a fidelidade do trabalho de Rowling e selecionando para o elenco três talentosos mas não-testados jovens atores junto com os maiores nomes entre os atores britânicos, os produtores criaram algo inapagável enquanto mantiveram risco e reverência em balanço judicioso.

Em comparação com os anteriores, "Parte 2" mostra um padrão de linha de trabalho impecável. Os efeitos visuais são tão habilmente e artisticamente manipulados que a magia parece quase banal, e a trilha sonora de Alexandre Desplat incorpora uma gratificante explosão dos temas familiares de John Williams, mais pungente que as composições tristes de Nicholas Hooper no sexto filme. O trabalho da ninhada de Eduardo Serra ganha pouco, mas fica mais profundo e estereoscópico. Este é o primeiro filme de Potter a ser lançado totalmente em 3D, assim como em 2D, e com isso, pode-se ser grato por ser o último filme.


The Sun
Por Grant Rollings

Depois de uma década como a franquia mais encantadora do cinema, está finalmente na hora de dizer adeus a Harry Potter.

O oitavo e último filme - "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2" - teve sua premiere na Praça Trafalgar, em Londres, onde centenas de fãs esperaram na fila por dias para dar uma olhada nas estrelas do filme.

O The Sun conseguiu assistir a uma exibição antes da estreia e Grant Rollings revela aqui porque o último filme ainda permanece com a magia que Potter tinha no passado.


É TUDO demais para suportar. Na exibição prévia do último filme Harry Potter, houve lágrimas rolando e lamentos nos corredores.

Não foi uma surpresa que tão amados personagens dos livros de Rowling foram assassinados em uma batalha final de proporções gigantescas.

Mas chega dos meus traumas - como as crianças vão reagir?

Se acha que estou brincando, acredite. Enxuguei gentilmente as lágrimas do rosto. Sou fã tanto dos filmes quanto dos livros e é triste dizer adeus ao garoto bruxo com quem tantos cresceram. Mas ao menos ele tem o fim que merece - com uma explosão em 3D de magia visual.

Truques após outro truques deslubrantes foram tirados da manga pelo diretor David Yates com a tecnologia CGI quando a segunda parte do último livro chega à telona.

O novo filme começa onde o último parou, com o malvado Lord Voldemort triunfante e em posse da varinha mágica mais poderosa, tendo tirado da tumba do amigo de Harry e diretor anterior, Alvo Dumbledore.

Agora os jovens encaram o último teste, o mais árduo até agora - interromper os planos do malvado senhor das trevas e de seus seguidores Comensais da Morte.

Harry (Daniel Radcliffe) e amigos Hermione (Emma Watson) e Rony (Rupert Grint) devem matar Voldemort ao destruir todas as Horcruxes que carregam pedaços diferentes de sua alma, dando abertura a um final fabuloso em Hogwarts.

É um filme épico atacado por escolares e um punhado de bons bruxos e bruxas assustados lutando contra forças do mal aparentemente superiores. Imagine uma batalha mais espetacular do que a do Abismo de Helm do Senhor dos Anéis.

Dá tontura e é animado antes até que a história chegue ao monumental clímax entre o corajoso órfão e o amigo sem nariz de Ralph Fiennes.

E se pensa que sabe como tudo termina, está enganado.

Yates brilhantemente delicia com o confronto entre os rivais para fazê-lo ainda melhor do que a versão que Rowling escreveu no livro.

Diferente das outras franquias, a qualidade dos filmes de Harry Potter nunca caiu. Os produtores poderiam quebrar recordes de bilheteria até se os sets fossem criados de papelão pois os fãs são dedicados. Mas eles gastaram uma fortuna para fazer uma experiência especial para eles.

Infelizmente, o mesmo não pode ser dito do elenco. Radcliffe definitivamente pode atuar melhor do que o que foi apresentado. Ele deveria ter melhorado para a saída final como Harry.

Também não houve grande melhoria em Watson e Grint em relação aos últimos três filmes.

O menos conhecido Matthew Lewis, interpretando o repetino herói Neville Longbottom, rouba o foco deles.

Mas mesmo que as atuações das estrelas não tenham conhecido novo solo, "Relíquias da Morte - Parte 2" continua algo a ser estimado.

Um grande filme e um imenso sucesso na história britânica.

 

London Evening
Por Richard Godwin 

E então chegamos ao final, graças a Dumbledore!

O oitavo e último filme da franquia Harry Potter é quando os bons e os maus mostram como vai ficar e o mistério central é revelado. Tudo acontece com uma espetacular batalha em Hogwarts, uma aparição espiritual de Harry e uma investida final ao Hotel St. Pancras restaurado até que retornamos para onde tudo começou: a estação de King's Cross.

Você precisa aprender o básico que todos sabem sobre Potter para ver sentido em tudo isso, mas não será problema para a maior parte das pessoas que vê o filme. Milhares de crianças, pais e aqueles que deveriam saber mais não vão lembrar o que é uma Horcrux - o diretor David Yates dá um jeito nisso. De fato, de certas maneiras, ele ajudou com a deficiência do último livro. O livro Relíquias da Morte tem um problema central que foi a editora Bloomsbury, que pareceu relutante em mudar algo que J. K. Rowling tivesse escrito. A prosa escorre por centenas de páginas sem nunca chegar a um foco. Esta (e talvez com um espírito de "quero dobrar o dinheiro") é a razão pela qual a história foi dividida em dois filme. Dá pra ver que Yates quis dar energia de clímax a tudo, mas com todos os feitiços renderizados digitalmente com Voldemort e seu exército sombrio enfrentando os alunos de Hogwarts destemidos, não supera a qualidade épica existente nos filmes dos Senhor dos Anéis.

Existe, entretanto, uma conversa celestial entre Harry (Daniel Radcliffe) e seu mentor Dumbledore (Michael Gambon), e um flashback comovente no qual descobrimos sobre o papel crucial interpretado pelo Professor Snape (Alan Rickman) na história. As cenas dele com o nasalmente desafiador Voldemort (Ralph Fiennes) são agradavelmente sinistras.

Neste momento, temos plena certeza do alcance do trio principal como atores. Devendo ter recebido imensa pressão - não menos do que seu próprio corpo se transformando -, Radcliffe levou, nas suas agora bastante corpulentas costas, quantias bilionárias da Warner Bros. e as expectativas de fãs.

Rupert Grint, como Rony, e Emma Watson, como Hermione, também podem respirar aliviados. Dos três, dá para sentir que Watson é a que mais tem a oferecer no futuro ("Você poderia fazer melhor!", você sente que vai chorar quando Hermione e Rony finalmente se beijam apaixonadamente).

Um time britânico de atores talentosos proveram o resto. Mais de Jim Broadbent e Helena Bonham Carter não seria exagero.

Particularmente amei Maggie Smith como Professora McGonagall canalizando mais do que nunca "Primavera de uma Solteirona". Matthew David Lewis, como Neville, o fracote que fica bom, fornece boas vindas salgadas do norte.

Mas as estrelas verdadeiras são os exércitos de técnicos responsáveis pelos ghouls [está falando sobre os dementadores] que flutuam sinistramente ao redor de Hogwarts; a cena na qual tudo no que os heróis tocam multiplica; e o dragão voando por Londres. Esta é a magia de verdade, e talvez nosso último produto cinematográfico autêntico. O legado deste trabalho vai animar as imaginações para os anos que vierem.
 
 
SnitchSeeker
Por EmmaRiddle 
 
"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" começa onde o primeiro filme parou, com Voldemort adquirindo a Varinha das Varinhas. O correr da história até chegar ao clímax é uma corrida, literalmente, para que Harry, Rony e Hermione possam destruir todas as Horcruxes antes que Voldemort encontre eles.

A caçada os leva a Gringotes para procurar no cofre de Belatiz Lestrange. É nesta sequência que o aspecto tridimensional é mais bem utilizado em todo filme, já que os personagens vão num passeio de montanha-russa e uma hora escapam voando em um dragão. Na maior parte do resto do filme, o elemento 3D não adicionou nada à história e, em alguns momentos, senti que fosse uma distração. Admito que não sou fã de filmes 3D, de qualquer jeito, mas apesar de tudo, acho que o uso dele foi desnecessário, ainda que possa entender a tentação em usá-lo. Acho que você poderia dizer que é compreensível - que é muito melhor do que estar "na cara" (desculpe o trocadilho) - mas isto só me leva a concluir que não traz nada ao filme para melhorá-lo. Não ajuda saber que algumas cenas foram adicionadas simplesmente pelo fator 3D.

As atuações para o último filme definitivamente engrenaram. Helena Bonham Carter faz um alívio cômico durante a sequência de Gringotes. Ralph Fiennes sutilmente mostra-nos um Voldemort que lentamente está perdendo o controle e se tornando ainda mais desesperado enquanto percebe o que está acontecendo a ele. Matthew Lewis tem alguns bons momentos como Neville, dando um discurso comovente no pátio de Hogwarts que com certeza vai levar lágrimas aos olhos de todo mundo. Maggie Smith vira uma força como McGonagall e comanda a tela, criando momentos em que dá calafrios.

O mais impressioante de todos é Alan Rickman, cuja jornada do estoico Snape que pensávamos que conhecíamos para o homem que deu a vida para proteger o filho da mulher que ele amava. As relações de Snape com Dumbledore, Tiago Potter, Lílian Evans e Harry Potter são bem exploradas e explicadas em uma sequência de cenas que abre a porta para a sobrevivência de Harry naquela noite fatídica em Godric’s Hollow. Existem momentos nos quais sua atuação vai partir o coração.

A Batalha de Hogwarts merece de verdade a definição "épica". Dos sets desmoronados à variação de criaturas envolvidas na guerra, o time da produção não deixou a desejar, sabendo que queriam que a franquia terminasse com um "bang". Alguns filmes podem falhar se mostrarem muita ação, mas aqui há sempre um personagem reconhecido no centro do que está acontecendo, levando você, como espectador, a guardar a sua atenção e, mais importante, sua empatia. As mortes dos personagens chaves são demoradas mas não insistentes, deixando tempo suficiente para conhecimento, mas não o bastante para se chafurdar. Todos os momentos principais estão presentes e o humor é usado em intervalos apropriados para contrapor aos obscuros. Alguns deles estão lá para romance, tanto do tipo esperado quanto o não esperado. O beijo tão esperado entre Rony e Hermione é um destaque; é fofo sem ser fantasiado.

O filme termina como o livro, com o epílogo, cujos pedaços sabemos que foram refilmados. Como alguém que não foi fã disto no livro, devo dizer que curti no filme. Focou menos nas crianças e mais nos agora adultos, o que, para mim, faz sentido, já que eles são os personagens que conhecemos e mais nos preocupamos. Também suspeito que os protéticos foram aprimorados; Harry, Rony e Hermione não parecem tão velhos como nas fotos tiradas pelos paparazzi das locações; eles parecem ter a idade que devem aparentar.

"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" é antes de tudo um filme sobre a força do amor e do persão. Pode não ter sido tão poderoso como no livro, mas certamente chega perto. Talvez as duas partes juntas fariam mais sucesso juntas do que separadas.
Muito Obrigada, Scar Potter.
 
 

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