quinta-feira, 7 de julho de 2011

The Thelegraph publica primeira crítica de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2.

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Crítica Harry Potter e as Relíquias da Morte, Parte 2
Philip Womack - The  Telegraph
Tradução: Marina Anderi
05 de julho de 2011


Harry Potter e as Relíquias da Morte, parte 2 – o oitavo e último filme da série de sucesso – começa com nossos jovens heróis lutando por suas vidas, e por seu mundo inteiro.
A primeira cena do filme de David Yates pega onde seu filme anterior deixou: com uma cena onde o Lord das Trevas, Voldemort (Ralph Fiennes), com a cara sem nariz em triunfo, rouba a varinha mais poderosa do mundo do túmulo do protetor de Harry, professor Dumbledore (Michael Gambon). Com ela, ele se tornará invencível.
Na cena seguinte, vemos Harry (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Rony (Rupert Grint), parecendo inviavelmente jovens e vulneráveis, enquanto lutam com a grande responsabilidade de parar Voldemort.
Que chances esses adolescentes têm contra as forças da escuridão?
Mas esse é um filme sobre o triunfo dos fracos, um tema capturado em duas das cenas mais memoráveis.
A primeira é uma peça maravilhosa do set, em que nossos heróis escapam do cofre do Banco Gringotes montados em um dragão lindamente feito em imagem em computação gráfica.
A besta mutilada arranca pedaços de telhados de Londres, enquanto ataca violentamente a linha do horizonte da capital, antes de voar para o meio selvagem, livre mais uma vez.
O segundo, que se mantém como, com certeza, o mais bonito e importante momento da série inteira, envolve o misterioso professor Severo Snape (Alan Rickman).
É um raro episódio banhado pelo sol em um filme caracterizado pela escuridão, enquanto descobrimos o ameaçador segredo fielmente mantido pelo professor.
Harry olha nas memórias de Snape e vê sua mãe, Lílian, como uma jovem garota, fazendo uma flor na mão: as outras crianças a chamam de esquisita, e correm. Escondendo-se por perto está um jovem Snape. Ele anima uma folha e lança-a em direção à garota.
Dificilmente algo é dito, mas a verdade e a dor das relações humanas são expressas com uma triste ternura que traz lágrimas ao olho.
Talvez o grande triunfo desse último filme tenha sido a habilidade de contornar as deficiências da escrita de J K Rowling. No último volume de Harry Potter, ela falhou singularmente em reunir o sentimento épico necessário; como resultado, na página, a batalha conclusiva em Hogwarts foi uma sátira desanimada.
Mas Yates aqui transforma a batalha em um espetáculo genuinamente aterrorizador, em que alunos cheios de sangue lutam desesperadamente contra uma horda de gritantes Comensais da Morte de túnica preta.
Hogwarts em si ganha vida para se defender (dando a Maggie Smith, como a formal professora McGonagall, uma amável curva cômica enquanto ela recruta um exército de cavaleiros de pedra).
Há ainda a sagacidade do magricela Neville Longbottom (Matthew David Lewis), que, tendo quase morrido, aparece com um animado, “Bem, isso correu bem”, e uma magnífica atuação de Helena Bonham Carter como a delirante bruxa do mal Belatriz Lestrange.
Nosso trio central, também, não desponta. O outrora hedonista Radcliffe transformou-se em um heroico estoicista; Watson aperfeiçoou o requisito cativante, olhar de medo, arquejo e suspiro com o melhor que há neles; e até Grint agora pode ser “emotivo”, fazendo uma grande cena onde um de seus irmãos é morto.
Isso é cinema monumental, inundado de lindos tons, e carregando mensagem definitiva que irá ressoar todo espectador, novo ou velho: há escuridão em todos nós, mas podemos derrotá-la.
Esse não é o fim. Como poderia ser?
Na última cena, onde vemos o filho de Harry partir para Hogwarts, nós sabemos que mesmo que não haja mais livros, essas personagens permanecerão conosco para sempre.
*Philip Womack é o autor de of The Liberators e The Other Book

Muito Obrigada, Potterish

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